SUCO DE UVA E VINHO PARA ATLETA?

Tem teores consideráveis de Potássio, Cálcio, Magnésio, Sódio, Ferro, Cloro, Zinco, Cromo, Cobre e Manganês.

 

Pode parecer estranho, mas o suco de uva e o vinho (que também é uma bebida alcoólica!), se ingeridos de maneira adequada, são alimentos extraordinariamente convenientes ao atleta. Isso é o que mostram as evidências científicas que abordarei a seguir. Talvez esteja quebrando um paradigma...

 

No vinho existem cerca de 1.000 componentes. Oitenta e cinco a 90% dele é água. Ele tem pouco açúcar. Nada em alguns secos e até 80 gramas por litro nos mais suaves. Não tem gorduras. Tem 1 a 2 gramas por litro de proteínas, muitas delas desintoxicadoras, algumas regeneradoras e outras agem direto na digestão. Costumam ter quantidades significativas dos aminoácidos essenciais (Lisina, Fenilalanina, Triptofânio e Ácido Glutâmico). Esses aminoácidos são assim chamados porque eles são essenciais ao nosso metabolismo e o organismo não sabe produzi-los, por isso devem ser ingeridos. O vinho ainda tem vários eletrólitos e oligo-elementos, muitos na forma iônica ou quelada, que é aquela em que o organismo mais tira proveito.Tem teores consideráveis de Potássio, Cálcio, Magnésio, Sódio, Ferro, Cloro, Zinco, Cromo, Cobre e Manganês. Os cinco primeiros são de vital importância para os atletas. Tem ainda vitaminas, sobretudo as do Complexo B – justamente as de maior demanda orgânica pelos atletas. E tem também 2 a 8 gramas por litro de Polifenóis. Estes são os que tornam o vinho um alimento e uma bebida diferente de todos os outros. Os eletrólitos, os oligo-elementos quelados, as vitaminas do Complexo B e os Polifenóis do vinho são de grande valia para o metabolismo dos atletas.

 

O vinho contém ainda álcool em quantidades apreciáveis; quase que exclusivamente o etanol, mas também metanol, glicerol e outros menos expressivos. O álcool em doses altas é um vilão; mas em doses baixas tem se mostrado bonançoso para a saúde, sobretudo se na presença dos Polifenóis – como no vinho!

 

Os carboidratos, principalmente na forma de glicose, são a grande fonte de energia para os atletas. Quando o organismo não consegue dispô-la com esse fim (por aporte insuficiente ou por falha no mecanismo de seu uso) ele lança mão das gorduras e proteínas o que não é bom. As gorduras geram pouca energia e muito ácido lático, o grande responsável pelas dores e câimbras musculares. E o uso das proteínas para gerar energia é um verdadeiro crime biológico. É trágico para um atleta ter que usar músculo para gerar energia. A Insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas com a função de colocar a glicose para dentro das células, onde é metabolizada e gera energia. O Cromo e os Polifenóis do vinho aumentam a sensibilidade das células à ação da Insulina, melhorando com isso o aproveitamento dos carboidratos e o ganho energético. Assim, diminui a quantidade de Insulina no sangue, o que é amplamente benéfico ao metabolismo.

 

A Quercitina (um dos Polifenóis abundante no vinho) e as fibras vegetais diminuem a absorção de gorduras, durante a alimentação. O Ácido Sinâmico, o Sorbitol, as Oxidases e as Peptases presentes nessa bebida favorecem a digestão das gorduras por aumentar a secreção biliar e dos carboidratos e proteínas por aumentar a secreção pancreática.

 

Os Polifenóis do vinho e do suco de uva agem sobre o endotélio vascular levando a uma dilatação dos vasos sangüíneos. Isso melhora o aporte de sangue e por conseqüência de oxigênio e nutrientes para os tecidos, entre eles os músculos e o cérebro – o que ajuda sobremodo os atletas.

 

Está bem documentado na literatura científica que as pessoas que têm o hábito regular de beber vinho moderadamente durante as refeições reduzem em 40 a 60% a morbimortalidade cardiovascular, diminuem em 20% o risco de desenvolver qualquer tipo de câncer (o de ovário nas mulheres e o de próstata nos homens chegam a 50%) e em cerca de 60% de desenvolver demências. Essas pessoas morrem depois. Vários estudos epidemiológicos mostram que elas têm a expectativa de vida de 25 a 45% maior. Os Polifenóis do vinho inibem as Ciclo-oxigenases (enzimas mediadoras da inflamação) e tem um efeito anti-inflamatório semelhante a Fenilbutazona e Indometecina – medicamentos desenvolvidos e disponibilizados pela indústria farmacêutica. Essa ação anti-inflmatória é sobremaneira benéfica para quem se exercita de maneira competitiva.

 

Como vimos, o vinho, além de altamente palatável, é um alimento (mas também uma bebida alcoólica!) cujo perfil nutricional, metabólico e de benefícios para a saúde, pode ser maravilhosamente favorável ao atleta – se bebido regular e moderadamente com as refeições, quando não houver contra-indicação ao seu consumo.

 

Penso que o suco de uva, pela sua constituição, é um alimento e uma bebida para ser ingerida antes, durante e após situações de grande consumo de energia. O vinho é extraordinariamente adequado para ser consumido moderadamente junto com as refeições, para melhorar o desempenho físico e mental, o metabolismo como um todo e prevenir doenças degenerativas. E o vinho espumante, símbolo universal da vitória, é a bebida para se comemorar as grandes e boas conquistas.

 

Vitória é mais do que ser o primeiro. Vitória é algo mais bonito, mais grandioso e muito mais intenso. Vitória é atingir um objetivo.

 

A todos desejo:

 

Vitória e... Saúde!!

 

Por JAIRO MONSON DE SOUZA FILHO – médico curioso sobre os efeitos do vinho na saúde

jairo@monson.med.br

 

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